domingo, 8 de junho de 2008

O trabalho infantil parte II: o Preço da Liberdade

A história do livro se passa na China, com o início na zona rural. Lá existia uma família que era pobre, porém, feliz. Era a família Lu (na China, o sobrenome vem antes do nome), composta por 3 pessoas (pai, mãe e filha). Ba, o tio paterno da Lu Si-Yan - a menina - visitava periodicamente a casa. Achava que ter filhas era um fardo, pois a sociedade chinesa é patriarcal. Mesmo assim, o pai não pensava do mesmo jeito.

Lu Li-Hu foi o segundo filho que nasceu quando Si-Yan tinha 6 anos. Nessa ocasião, o Ba admirava muito mais o menino. Três anos se passaram e o pai morreu atropelado. A família ficou durante vários dias de luto e Ba, por ser pessimista, sempre as botava para baixo. Até que um dia, dois anos depois da morte do pai, o telhado da casa caiu e a mãe ficou doente desde então. Para reconstruir a casa, Ba teve de ajudar financeiramente. Aproveitou-se dessa situação e vendeu a menina para recuperar parte do dinheiro. A outra parte seria recuperada quando o menino crescesse e trabalhasse.

Ela foi vendida para a família Chen, que era rica e esnobe. Lá foi lhe dada uma lista de tarefas exaustivas e trabalhava num regime de escravidão. Além disso, queria que se casasse quando crescesse com Yimou, o filho da família que era adolescente, mas possuía retardamento mental.

Trabalhou lá durante quase um mês junto com um auxiliar, Xiong Fei, que cozinhava para pagar um curso de artes. Achou isso um abuso e por "falar demais", foi demitido. Durante um dia que a Sra. Chen saiu, a Sra. Hong, a sogra da Chen deu dinheiro para a menina fugir.

Fugiu e chegou de noite num porto. O último barco saiu quando ela estava perto. Teve que dormir perto de lá para sair no barco da manhã. Dormiu num prédio em ruínas. Homens entraram lá e ficaram conversando. Quando amanheceu, roubaram o dinheiro dela e para conseguir mais, teve que trabalhar na fábrica do senhor Wang.

Trabalhou fazendo ursos, porém, sempre havia uma desculpa para trabalhar mais e pagar menos. Mais ou menos depois de completar 12 anos, foi transferida para uma fábica mais insalubre ainda e pegou pneumonia. Ba se arrependeu, procurou pela menina, achou-a, mas ela disse que jamais ia perdoá-lo. Ele prometeu pô-la de novo na escola, já que ela tinha parado de estudar quando o pai morreu e a renda familiar diminui.

Nenhum comentário: